quinta-feira, 10 de outubro de 2013

Um Nobel para Alice Munro é um Nobel para o conto




Nascida na província canadiana de Ontário em 1931, a escritora Alice Munro venceu nesta (…) o Prémio Nobel da Literatura, atribuído pela Academia Sueca, que nela reconheceu um “mestre do conto contemporâneo”. Munro recebera já alguns dos mais importantes prémios literários, incluindo, em 2009, o prestigiado Man Booker International Prize, e era há muito uma candidata recorrente ao Nobel da Literatura.

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Quando recebeu o Man Booker International Prize, o júri justificou a escolha afirmando que a autora, “embora seja essencialmente conhecida como contista, mostra a profundidade, sabedoria e precisão que a maior parte dos ficcionistas só consegue alcançar numa vida inteira a escrever romances”.

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Munro publicou mais de uma dúzia de colectâneas de histórias curtas, muitas delas editadas em Portugal pela editora Relógio d’Água, incluindo a mais recente, Amada Vida (Dear Life, 2012), traduzida pelo poeta José Miguel Silva.

Outros livros de Monro disponíveis em edição portuguesa são O Progresso do Amor (The Progress of Love, 1986), O Amor de Uma Boa Mulher (The Love of a Good Woman, 1998), Fugas (Runaway, 2004), A Vista de Castle Rock (The View from Castle Rock, 2006) e Demasiada Felicidade (Too Much Happiness, 2009).

Prémio Sakharov entregue a Malala



Malala Yousafzaï, a adolescente paquistanesa baleada na cabeça pelos taliban pela sua campanha em defesa do direito à educação das raparigas, venceu a edição de 2013 do Prémio Sakharov.

A escolha de Malala, de 16 anos, foi unânime entre os presidentes dos grupos parlamentares.

"O Parlamento Europeu saúda a força incrível desta jovem mulher", declarou o presidente Martin Schulz, através de um comunicado, citado pela AFP. "Malala defendeu com coragem o direito de todos os jovens à educação", um "direito muitas vezes negado às raparigas" em todo o mundo, acrescentou. O presidente do PE recordou ainda “que cerca de 250 milhões de raparigas no mundo não podem ir livremente à escola”, acrescentando que “o exemplo de Malala relembra-nos do dever e da responsabilidade de garantir o direito à educação das crianças. Este é o melhor investimento no futuro”.
                                                     Fonte: http://www.publico.pt/mundo/noticia/premio-sakharov-entregue-a-malala-1608653


 

Leituras com sabores


Esta iniciativa realizou-se no dia 9 de outubro, na Biblioteca Escolar, com intuito de, através da experiência de leitura, os participantes (alunos e professores) poderem partilhar saberes, vivências… a vida.
Em colaboração com a BE, participou o Clube de Teatro com um interessante e divertido sketch alusivo à importância do livro e da leitura em cada um de nós.
Além de ‘engordar’ a mente, esta atividade, integrada na comemoração do Mês Internacional da Biblioteca Escolar, que decorreu num ambiente de intensa sensibilidade e paixão pela leitura, também deliciou o ‘corpo’ dos vários participantes, ao finalizar com um saboroso chá, acompanhado de irresistíveis iguarias.



terça-feira, 1 de outubro de 2013

Mês Internacional da Biblioteca Escolar: cartaz


Mês Internacional da Biblioteca Escolar

"As bibliotecas escolares são essencias", por Margarida Toscano

 
No novo contexto informacional em que vivemos, resultado do desenvolvimento das tecnologias e da Internet, em particular, é fundamental que a escola seja capaz de preparar jovens que, para além de um leque de conhecimentos, alguns axiais como a língua materna e a matemática, dominem um conjunto de competências complexas no que à informação diz respeito. Para responder a essa exigência, as bibliotecas escolares são um bem educativo e cultural essencial.
(…)
Todo este cenário exige que a escola promova o ensino e aprendizagem de diferentes literacias, nomeadamente a literacia de informação, aqui entendida como o conjunto de competências que capacitam para o acesso, uso e aplicação eficaz da informação, em diferentes suportes, formatos e contextos. É este desafio recente, assim como o da leitura, nos tradicionais e nos novos ambientes, que torna as bibliotecas escolares tão necessárias. (…)
Por mais que a tecnologia nos inunde, a leitura continua a ser uma aprendizagem primordial, condição de todas as outras. Aprende-se a ler, lendo, o livro continua a ser o suporte de eleição para essa aprendizagem, e a leitura, analógica ou digital, o instrumento de compreensão global. Nem todas as famílias têm condições para proporcionar livros e um ambiente leitor às suas crianças e jovens. As bibliotecas escolares são, pois, um ponto de acesso ao livro, a outros suportes e a actividades que estimulam o interesse e competências de leitura ao longo da escolaridade.
As bibliotecas escolares são igualmente um espaço de inclusão digital. (…)
 
 
 

"Promover a leitura", por Teresa Calçada

 
Fonte: http://sub.maxima.xl.pt
O mundo de Teresa Calçada é feito de palavras mas, no caso, são os números que dizem tudo. Há 13 anos, altura em que esta professora de Filosofia foi coordenar o Gabinete do Programa Rede de Bibliotecas Escolares, eram poucas as bibliotecas dignas do nome. Hoje existem 2100. Quase todas as escolas, do básico ao secundário, contam com um espaço vivo e vivido onde o livro tem destaque, mas nem sempre protagonismo. “Continua a haver livros, mas eles coabitam com redes de informação e conhecimento. As bibliotecas do século XXI são espaços multimédia, centros pedagógicos de incentivo à leitura, possível através de diferentes recursos”, explica a coordenadora do projecto, justificando a presença de computadores, televisões, jornais e revistas. “O ambiente não é semelhante ao de uma sala de aula”, diz, e os catálogos que tem sobre a mesa provam isso mesmo. “Não são escolas da Finlândia”, diz en passant, enquanto enumera as valências que fazem das bibliotecas um espaço fundamental na relação aluno-professor. “Somos mutantes nesta geração digital, mas os nossos alunos não. Por isso, temos de adoptar uma atitude pegagógica que acompanhe a aprendizagem.” É preciso contrariar a ideia de que as bibliotecas são um sítio cinzento e (demasiado) silencioso: “Se não forem úteis, as bibliotecas deixam de ser precisas. E elas só são úteis se tiverem o que os alunos precisam.” Seja a Apologia de Sócrates ou a ligação ao Facebook.
 
                                                                                                                          Fonte: http://www.maxima.xl.pt/vidas/159-teresa-calcada.HTML
 

"As bibliotecas", por Valter Hugo Mãe

O Autor do mês de outubro - Aquilino Ribeiro


                                                                                    
                                                                                           Fonte: http://www.gravatoqb.PT

Aquilino Ribeiro nasceu a 13 de setembro de 1885, na freguesia do Carregal, concelho de Sernancelhe, distrito de Viseu, e faleceu a 27 de maio de 1963.
Abraçou causas nobres e cívicas de defesa da cidadania lutando contra a opressão monárquica e, mais tarde, contra o regime fascista do Estado de Novo. Essa coerência e coragem da sua mundividência implicaram a prisão e o seu exílio em França, onde frequentou a Faculdade de Letras da Sorbonne.
Em 1910, entrou para a Biblioteca Nacional de Portugal. Em 1921, integrou a direção da Seara Nova. Em 1960, foi indicado para o Prémio Nobel da Literatura por Francisco Vieira de Almeida, proposta subscrita por José Cardoso Pires, David Mourão-Fereira, Urbano Tavares Rodrigues, José Gomes Ferreira, Vergílio Ferreira e outros escritores.
 Como homem das letras, é considerado um dos maiores estilistas em prosa da literatura portuguesa sobretudo pela sua exuberância e opulência vocabular. Abordando uma grande variedade de géneros literários, terá sido como romancista regionalista e rústico que se evidenciou. As “Terras do Demo”, zona geográfica de onde é originário, serviram-lhe de inspiração para a criação das suas obras mais notáveis.
Como corolário de tão relevantes serviços prestados à cidadania e à cultura, a Assembleia da República decidiu, em 2007, homenagear a sua memória e conceder aos seus restos mortais as honras de Panteão Nacional.
 

Livro do mês de outubro



“Desde o interior da ditadura mais repressiva do mundo, desde um país coberto por absoluto isolamento, Dentro do Segredo. Em abril de 2012, José Luís Peixoto foi um expectador privilegiado nas exuberantes comemorações do centenário do nascimento de Kim Il-sung, em Pyongyang, na Coreia do Norte. Também nessa ocasião, participou na viagem mais extensa e longa que o governo norte-coreano autorizou nos últimos anos, tendo passado por todos os pontos simbólicos do país e do regime, mas também por algumas cidades e lugares que não recebiam visitantes estrangeiros há mais de sessenta anos. A surpreendente estreia de José Luís Peixoto na literatura de viagens leva-nos através de um olhar inédito e fascinante ao quotidiano da sociedade mais fechada do mundo. Repleto de episódios memoráveis, num tom pessoal que chega a transcender o próprio género, Dentro do Segredo é um relato sobre o outro que, ao mesmo tempo, inevitavelmente, revela muito sobre nós próprios.”
 
                                        Fonte: http://www.fnac.pt/Dentro-do-Segredo-Jose-Luis-Peixoto/a648658

Boas leituras!